A nova história em quadrinhos de André Diniz, O Negrinho do Pastoreio (17x24cm, 64 páginas, R$ 23), foi lançada essa semana pela Ygarapé Quadrinhos. Com cores de Marcela Mannheimer, a HQ reconta, com novo olhar, a história do Negrinho do Pastoreio, um personagem clássico do folclore brasileiro, imortalizado em um conto do autor gaúcho Simões de Lopes Neto.
Diniz adaptou livremente a lenda, e seu Negrinho é um personagem mais forte, fugindo do estereótipo de escravo submisso. Seguindo uma tendência que já aparecia em outras obras suas (como Chico Rei, Mwindo ou A Cachoeira de Paulo Afonso), o autor, em suas próprias palavras, abraça a arte, a história e a cultura afro-brasileiras. Isso sem contar o traço, muito inspirado na arte africana. Segundo ele, seu Negrinho “é tudo menos um coitado. Tem personalidade e iniciativa”.
A história, de tradição oral, é a de um menino escravo maltratado pelo seu dono. Ele perde um rebanho, e o fazendeiro, como punição, joga o negrinho em um formigueiro para ser devorado. Ele, no entanto, sobrevive, e aparece, na manhã seguinte, com o rebanho perdido, que encontrou durante a noite com a ajuda de sua madrinha, Nossa Senhora. Há, como acontece com folclore, diversas versões diferentes, inclusive um conto já citado de Simões Lopes Neto.
No ano passado, a lenda já tinha ganhado uma adaptação para os quadrinhos, Um Novo Pastoreio, de Rodrigo dMart e Indio San.
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