Quem passar pelo Parque Ibirapuera e outros pontos da capital paulista a partir da próxima sexta-feira, dia 7 de setembro, poderá conhecer trabalhos de 111 artistas. É a Bienal de São Paulo que, após problemas envolvendo o bloqueio de contas pelo MinC no início deste ano, supera crise e chega em sua 30ª edição.
As mais de 3 mil obras em exposição giram em torno do título “A iminência das poéticas”, a partir de uma organização em “constelações” temáticas. Metade de todos os trabalhos foram produzidos especialmente para a Bienal.
A ideia do curador venezuelano Luis Pérez-Oramas não foi a de promover um evento com grandes estrelas da arte contemporânea nacional e internacional, e nem com obras monumentais: a proposta é a da horizontalidade, pela variedade de peças apresentadas de um mesmo artista.
Um dos destaques é o conjunto de trabalhos do brasileiro Arthur Bispo do Rosário, que produziu grande parte de sua obra em uma instituição psiquiátrica: 348 peças feitas por ele poderão ser visitadas.
A Bienal estará concentrada, como sempre, no Pavilhão da Bienal no Parque Ibirapuera, mas intervenções artísticas serão vistas espalhadas pela cidade, em espaços públicos como a Avenida Paulista e a Estação da Luz, e em instituições culturais como o Museu da Cidade, o Masp, o Museu da Faap e o Instituto Tomie Ohtake.
Já tradicional está se tornando ainda a intervenção de pichadores na Bienal: um dos painéis da parte externa do pavilhão apareceu pichado na apresentação do evento à imprensa. É a terceira vez consecutiva que esse tipo de ação acontece em edições da mostra.
O custo toal do evento é estimado em R$ 22,4 milhões – 20% a menos do que o custo da edição de 2010. O valor foi captado junto a empresas, governos, instituições culturais e pessoas físicas. A programação estende-se até o dia 9 de dezembro.