Foto: Luiza Dornele/CMPA
O Nonada – Jornalismo Travessia realiza uma série de entrevistas com os candidatos e candidatos à prefeitura de Porto Alegre. As perguntas têm como foco o setor cultural e os direitos humanos. Nesta entrevista, quem responde é o candidato Valter Nagelstein (PSD).
Nonada – Para o senhor, o que é cultura e qual o papel do Estado no fomento do setor?
Valter Nagelstein – O papel do Estado na cultura é fomentador e articulador. Eu farei na cultura o mesmo que já fiz na presidência da Câmara. Eu promovi espetáculos, eu inovei com iniciativas, eu articulei apoios e promovi cultura.
Nonada – Quem vai ser o secretário ou secretária da pasta caso seja eleito?
Valter Nagelstein – É muito cedo para esta questão. Vou buscar alguém, se eu tiver a oportunidade, que seja envolvido com o setor cultural. E vou buscar também apoiar e estimular atividades que tenham a ver com a nossa própria cultura local.
Nonada – Quais serão as prioridades da pasta na sua gestão? Que política deve adotar em relação aos equipamentos culturais do município?
Valter Nagelstein – Eu sou um entusiasta da cultura, deixei isso muito claro quando fui presidente da Câmara. Destinei recursos próprios orçamentários da Câmara para realizar grandes espetáculos e articulei iniciativas para buscar apoio para outros. Com relação aos equipamentos do município, nós temos que ver os recursos orçamentários e eu trabalho com a perspectiva sim de buscar recuperá-los e de fazer com que eles sejam autossustentáveis.
Nonada – O Fumproarte, de acordo com a Lei 7.328, deveria receber anualmente o mesmo valor destinado ao Funcultura. O senhor reativará os repasses ao fundo? E quanto a realizações de editais para os artistas?
Valter Nagelstein – Com relação à definição das políticas do Fumproarte, eu ainda não tenho posição firmada. É preciso saber como esses recursos vão ser destinados, se já foi pago o que era devido.
Nonada – Quais políticas o senhor pretende adotar com relação aos direitos das mulheres e do público LGBT?
Valter Nagelstein – Eu defendo o respeito às pessoas, à individualidade de cada um, independentemente de credo, cor, religião, orientação sexual, e é esse o norte que eu vou perseguir permanentemente.
Nonada – A cultura negra sempre foi muito forte em Porto Alegre, embora com pouco incentivo, inclusive com a falta de reconhecimento oficial dos quilombos urbanos, por exemplo. Como o senhor vê a cultura afro-gaúcha em Porto Alegre e o que pretende fazer para fomentá-la?
Valter Nagelstein – Eu defendo o respeito às pessoas, à individualidade de cada um, independentemente de credo, cor, religião, orientação sexual, e é esse o norte que eu vou perseguir permanentemente.
Nonada – Apesar de existirem 23 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, as políticas públicas de acessibilidade cultural ainda engatinham. O senhor pretende incluir o direito das pessoas com deficiência de terem acesso à arte na sua gestão? De que forma?
Valter Nagelstein – Eu defendo todos os direitos os direitos do indivíduo, o respeito ao próximo, e isso inclui evidentemente as pessoas que têm necessidades especiais (SIC), inclusive aqueles que necessitam de acessibilidade. Nas ruas, na cidade é preciso acessibilidade. E na cultura evidentemente que é preciso. Então eu vou buscar, da melhor forma que for possível, sem querer fazer políticas de distinção, de cota, de raça, qualquer tipo de divisão entre as pessoas, respeitar esses valores e esses princípios.