Agosto é o mês da visibilidade lésbica. O Nonada descobriu artistas visuais brasileiras e estrangeiras que trabalham o tema em suas produções:
Zanele Muholi: Zanele retrata a comunidade LGBTQIA+ na África do Sul, em especial mulheres negras lésbicas e pessoas transgêneros. Um dos objetivos de seu trabalho é chamar a atenção para a distância entre os méritos da Constituição sul-africana, que reconhece o casamento homossexual, e a situação real de muitas comunidades dissidentes.
Beatriz Paiva: Artista de Belém (PA), Beatriz pesquisa a relação entre arte e cidade, o corpo afetivo da mulher preta e a lesbianidade. A obra ilustrada, intitulada “Pretas e Pretas Estão se Amando”, já esteve em espaços expositivos e também nas ruas de Belém, em formato de lambe.
Camila Svenson: No trabalho “100 cartas de amor” (2016), a fotógrafa paulistana pede a mulheres lésbicas que escrevam cartas. Prontas as cartas, Camila foi na casa de cada uma das participantes e pediu para que lessem o que tinham escrito. Em seguida, tira um retrato.
Jade Marra: Colocando o corpo em perspectiva e em quadro, Marra reflete sobre gênero e o afeto entre mulheres. Nascida em Belo Horizonte, é Bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard com habilitação em pintura.
Joan E. Biren (JEB): JEB documentou a vida de mulheres lésbicas nos anos 70. Autora do fotolivro “Eye to Eye: Portraits of Lesbians”, a fotógrafa estadunidense desejava fazer um retrato autêntico dessa comunidade.
Laura Aguilar: Laura foi uma artista “chicana”, nascida nos Estados Unidos, mas com origem mexicana. Dedicou-se à comunidade Queer em seu trabalho, partindo do autorretrato e de provocações com relação ao corpo. Nas série “Latino Lesbians” (1986-1990), fotografou lésbicas com origem latina em Los Angeles, que desafiam estigmas da binariedade.
Marilia Oliveira: Fotógrafa cearense, Marília é autora de “Um livro sobre o amor sapatão”, lançado em 2020. Ao longo de 3 anos, registrou seu cotidiano com a ex-namorada, reunindo os próprios registros de 5 outros casais de sapatonas. Um jeito de afirmar nossa vida, um relicário de memórias dos dias que passam enquanto estamos em casa e seguras, uma costura de momentos que contradizem a pedagogia visual corrente a nosso respeito”, disse a autora.
Mickalene Thomas: artista contemporânea estadunidense, conhecida por retratar mulheres e celebridades afro-americanas através de colagens e tinta acrílico, esmalte e strass. Ela questiona o que é ser mulher e produz novos espectros de beleza e identidade sexual.