O Ouvidoria desta semana entrevista Alexandre Fávero, encenador, cenógrafo, diretor, sombrista e fundador da Cia Teatro Lumbra de Animação, que completa 20 anos em 2020. Artista autodidata com mais de 20 anos de atuação profissional e prêmios na área da encenação e da pesquisa em artes cênicas. Em seu processo de criação com a linguagem das sombras e das luzes utiliza diferentes conhecimentos e saberes para investigar conceitos estéticos e técnicos.
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Data de início de carreira:
1986 – teatro amador
1995 – teatro profissional
2000 – fundação da Cia Teatro Lumbra
Principais espetáculos:
Sacy Pererê – A Lenda da Meia-Noite – Cia Teatro Lumbra
Auto Luminosos de Natal – Cia Teatro Lumbra
A Salamanca do Jarau – Cia Teatro Lumbra
Bolha Luminosa – Cia Teatro Lumbra
Criaturas da Literatura – Cia Teatro Lumbra
Primeiras Rosas – Grupo Pia Fraus
Dois Mundos – Cia Lumiato
Iara – o encanto das águas – Cia Lumiato
Como você descreveria sua essência enquanto artista?
Um aprendiz das perguntas, um amigo das dúvidas um perseguidor de riscos.
O que mais irrita na cena cultural?
A incompreensão dos gestores públicos com a arte e a educação.
Que qualidades são imprescindíveis a um artista?
Humildade e generosidade diante do sucesso e do fracasso.
Qual o momento de maior dificuldade que já passou na carreira?
A decisão de viver da arte.
E de maior felicidade?
A decisão de viver da arte.
Um artista não deve…
Esquecer que existe vida.
5 coisas que mais te inspiram a criar (vale tudo):
Ver o mundo.
Ter tempo de ver o mundo.
Não ter presa.
O ócio.
O oculto.
Acredita em arte sem política?
Acredito em bruxas.
Qual seria o melhor modelo de financiamento da arte?
Premiação.
Existe cultura gaúcha?
São múltiplas e se distorcem.
Que conselho você daria a Jair Bolsonaro?
Não confie nos meus amigos.
Todo artista tem de ir aonde o povo está?
Em algum momento, sim.
Ser brasileiro é…
Atravessar as fronteiras culturais e deixar que as fronteiras te atravessem.
O que você mudaria no jornalismo cultural?
O ponto de vista.
Um livro:
De papel e se tiver boas ilustrações, melhor.
Um espetáculo:
Que me faça esquecer do tempo.
Um álbum:
Em vinil, pra curtir a capa.
Um filme:
Vários e na sala do cinema.