A semana começou com a descoberta de novas obras atribuídas a dois grandes nomes da pintura. Antonio Forcellino, restaurador e pesquisador da arte renascentista, afirma ter identificado um quadro de autoria incerta da Universidade de Oxford (Reino Unido) como uma pintura de Michelangelo (1475 – 1564). Já em Vitoria (Espanha), uma obra de Francisco de Goya (1746 – 1828) foi revelada pelo historiador Fernando Tabar Anitua.
Pensava-se que a pintura “Crocifissione con la Madonna, San Giovanni e due angeli piangenti”, que está em Oxford, fosse de Marcello Venusti, contemporâneo de Michelangelo, devido à semelhança do quadro com outras duas de suas produções. Mas a ligação da obra com a família Cavalieri, que tinha fortes laços com Michelangelo, ajudou Forcellino a repensar a autoria do quadro. Além disso, ele utilizou tecnologia infravermelha para examinar detalhadamente a pintura e perceber as marcantes características que a relacionam com o pintor.
A identificação da autoria do quadro “La Virgen con San Joaquín y Santa Ana” de Francisco de Goya foi ainda mais ligada a questões de estilo. Ela estava em uma residência privada. Os donos, que preferiram manter o anonimado depois da identificação da pintura, afirmam terem a adquirido há aproximadamente 50 anos de um marceneiro. Os rostos de Maria e de sua mãe e a paleta de cores são características da época juvenil do artista.
As obras serão transferidas de seus atuais locais, devido ao valor agora reconhecido.