Texto: Renata Cardoso Fotos: Brayan Martins Arrepiante. A reação natural do corpo de uma mulher ao escutar os dilemas e fardos que carrega transformados em poesia e melodia na voz de outras mulheres é instantânea. Se a antropologia explica que as identidades se constroem na relação com os Outros, aqueles que por algum aspecto são
arte engajada
Reportagem: Thaís SeganfredoFoto:Invasão, de Jaime Laureano Para que(m) serve um mapa? Representação gráfica que teve seu advento pelas mãos dos colonizadores, a cartografia é cada vez mais uma ferramenta de resistência e de transformação social com grande potencial. Com essa premissa, um grupo de geógrafos, artivistas e outros profissionais se uniram na Alemanha para compilar
por Glauber Cruz Tish Rivers e Fonny Hunt vestem amarelo e azul quando os conhecemos. Nesse momento, ela questiona se ele está preparado. A pergunta, embora emoldurada por um plano que coloca Tish diretamente na linha do olhar de Fonny, também se estende para a plateia. Afinal, a história que Tish nos contará é uma
por Glauber Cruz e Thayse Ribeiro Façamos um exercício respondendo a duas perguntas: a quantos filmes africanos você já assistiu? Caso tenha visto algum, ou mais de um, qual era a sua nacionalidade? Caso a resposta da primeira pergunta seja algo que indique mais do que os dedos de uma mão e a da segunda indique
Por Julio Souto Salom Em meio ao caos urbano e à pulsação da zona leste de Porto Alegre, quem passa de ônibus pela Avenida Bento Gonçalves não pode deixar de notar o enorme muro grafitado do Instituto Psiquiátrico Forense, junto à Igreja de São Jorge. São mais de cem metros nos que as palavras “DARZ VIVE”
por Thayse Ribeiro A história pode parecer absurda e saída da mente insana de um roteirista hollywoodiano, mas na verdade, o novo filme de Spike Lee é inspirado em fatos reais. “Infiltrado na Klan” conta a história de Ron Stallworth, um policial negro nos Estados Unidos dos anos 70, que se infiltra na Ku Klux
Reportagem e entrevista: Thaís Seganfredo Fotos: Pedro Heinrich/CRL Paula Anacaona encontrou seu lugar nesse mundo. Ou melhor, seus lugares, porque são muitos: São Paulo, Rio de Janeiro, todos os estados do nordeste e – por que não? – Porto Alegre. Escritora e tradutora, ela fundou a Anacaona, editora parisiense especializada em literatura brasileira. “Eu tenho
Foto: Raphael Carrozzo/Nonada Dezesseis veículos independentes de Porto Alegre e região uniram forças para uma transmissão conjunta em defesa da democracia, no sábado (27), para uma transmissão ao vivo via Facebook com diversos convidados. A programação reuniu lideranças e especialistas de diversos segmentos para discutir a conjuntura política, movimentos sociais e populares, cultura, cidadania, direitos
Henfil uma vez disse que não desenhava para as pessoas rirem, que sua intenção era “de abrir, de tirar o escuro das coisas.” Se a realidade brasileira não nos permite muitas risadas nesta semana pré-eleitoral, o humor das artes gráficas é um elemento que acaba acrescentando algum sentido na incoerência histórica e social do país. Reunimos
Reportagem: Glauber Cruz e Iarema Soares Fotos: Carol Ferraz “Por que as pessoas não podem se deslocar de onde moram para vir até a periferia?” A provocação da estudante universitária Andressa Moraes se espalha pela quadra da Escola de Samba Imperatriz Dona Leopoldina, onde são feitos alguns ajustes para a programação que começará a seguir.
Texto Mariana Sirena Ao longo da última década, o nome do chinês Ai Weiwei se consolidou como um dos mais representativos da defesa da liberdade de expressão. No dia 8 de outubro, o artista contemporâneo veio a Porto Alegre para mais uma conferência da série Fronteiras do Pensamento. Atuante na escultura, instalação, arquitetura, fotografia, cinema e
Resenha: Thaís Seganfredo Fotos: Anselmo Cunha Há pouco mais de 40 anos, uma música mexia com as estruturas de poder de um país, criticando acidamente uma ditadura militar e alertando o povo contra os retrocessos sociais. Poderia muito bem ser no Brasil, mas nesse caso, estamos falando de “Zombie”, do nigeriano Fela Kuti. Filho de
“Uma manhã, eu acordei, e ecoava ‘ele não’, ‘ele não, não, não’; uma manhã, eu acordei e lutei contra o opressor”. Foi com “Bella Ciao”, música símbolo da resistência contra o fascismo na Itália, que milhares de porto-alegrenses foram às ruas no último sábado (29) em um protesto organizado por mulheres contra o presidenciável Jair
Resenha e entrevista: Ananda Zambi Fotos: Raphael Carrozo Logo após a passagem de som, ela pergunta ao produtor local: “Como é o público daqui da casa?”, e ele prontamente responde: “Varia de acordo com a atração, mas pode ter certeza que as pessoas virão pra te ver”. A intérprete e compositora Ana Cañas se anima,